Por Catarina Demony

LISBOA (Reuters) – O chocalhar dos bondes amarelos característicos de Lisboa ecoa pelas ruas de paralelepípedo há mais de um século, mas agora que cada vez mais deles são retirados de circulação, um homem assumiu a missão de manter a tradição viva.

Em um armazém do norte da cidade, Paulo Marques coleciona e reforma bondes antigos e enferrujados desde sua primeira aquisição, em 1996.

“Quando comprei o primeiro bonde, as pessoas não se importavam, mas agora há mais respeito”, disse Marques, de 48 anos, dentro do armazém lotado com 13 bondes e equipamentos para consertá-los. “O bonde se tornou o cartão-postal da cidade.”

Os bondes transportam os lisboetas para cima e para baixo das ruas inclinadas da capital portuguesa desde 1901, e ainda são populares. Nos últimos anos, moradores se queixaram de não poder usá-los para suas travessias cotidianas devido às hordas de turistas ansiosos para conhecer as rotas mais emblemáticas.

Antes de os ônibus e o metrô começarem a dominar o sistema de transporte urbano, a partir dos anos 1960, centenas de bondes circulavam em mais de 100 quilômetros de trilhos. Agora restam cerca de 50 bondes históricos.

Com poucos recursos e equipamentos, Marques e seus sócios muitas vezes usam as próprias mãos para consertar os bondes, alguns deles de 1906.

“Qualquer um que venha aqui, gostando de bondes ou não, fica fascinado com a coleção”, diz ele com orgulho. “Itens de colecionador geralmente são pequenos, não em tamanho real. Isto aqui é único.”

(Reportagem adicional de Miguel Pereira e Pedro Nunes)

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25 jun 2021, às 11h27. Atualizado às 11h32.

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