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por Mauro Picini

Chega nessa quarta-feira (20), as 17 horas, na Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, a Travessia do Bem com sua equipe formada por quaro caiaques e equipe de apoio que percorreu 830 quilômetros do Rio Paraná, percorridos desde a nascente na divisa dos estados do Mato Grosso e São Paulo.

Segundo maior da América do Sul e 8º maior do Mundo com quase cinco mil quilômetros, o Rio Paraná foi o cenário da expedição que fez um registro histórico da bacia hidrográfica que impacta mais de 60 milhões de pessoas no Brasil.
De caiaque foi possível observar os detalhes, as sutilezas do percurso ao entorno do rio registrando as boas iniciativas de empresas e das comunidades ribeirinhas que fazem a diferença na preservação ambiental da região, além de identificar possibilidades de desenvolvimento para essas regiões em parceria com ONGS e a inciativa privada para melhorar a qualidade de vida e gerar emprego em harmonia com a natureza.

A Travessia levou ainda diversos benefícios às comunidades ribeirinhas. Através da ONG CONSCIÊNCIA LIMPA, foram instadas placas para geração de energia solar; em parceria com a ONG RIO PARANÁ, foram coleadas amostras das águas para serem analisadas em laboratórios de referência para detectar e medir a presença de Agrotóxicos, metais pesados, além da observação de bioindicadores e micro plástico em suas águas.

Para multiplicar os resultados da jornada, a expedição tem o apoio da Pangeia, um ecossistema de negócios sustentáveis que cria e abraça iniciativas baseadas no desenvolvimento social, econômico e ambiental. Suas ações visam a engajar seres humanos e organizações para a construção de um futuro mais verde, mais integrado e mais justo.

“A Travessia do Bem no Rio Paraná é muito mais do que uma aventura. É uma oportunidade única de captação de informações sobre produtores sustentáveis, de mapeamento de iniciativas regionais baseadas na economia circular e regenerativa para identificação de alternativas para a geração de renda. E com a análise desses dados a travessia poderá vir a ser um divisor de águas para a economia ao longo do Rio Paraná”, explica o idealizador e coordenador do projeto”

Marcelo Figueiral.

Fora do script de viagem, a equipe foi surpreendida pelos incêndios à beira do rio no Mato Grosso com a devastação enorme da área verde e morte de muitos animais. “Descemos o rio com a expectativa de conhecer detalhadamente o seu entorno, suas belezas e nuances, não esperávamos ver algo tão triste, devastador, algo que nos chocou muito”, disse Marcelo Figueirol, idealizador do projeto.

20 out 2021, às 12h16.
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