Comprei passagem só de ida para meus sonhos.

Todos embarcaram com segurança na nave ampla.

Rumo ao infinito azul, o decolar foi manso, suave.

Segui ao lado dos meus sonhos com destino ao novo.

 

Vi estrelas, meteoros, meteoritos, astros, luzes, enfim.

Cada ponto neste céu aberto, me saudou com alegria.

Na passagem, fui contemplando o espaço divinal.

E todos os meus sonhos vibraram, dançaram, sorriram.

 

Dias e noites são quase imperceptíveis nesta esfera.

Tudo passa muito rápido. Sol e estrelas se mesclam.

Há um reluzir de esperança nesta viagem que faço agora.

Nenhum dos meus sonhos quis dormir nesta nave.

 

Não há prazo para que a terra nos receba de novo.

Enquanto isso, é preciso explorar e entender novos mundos.

Meus sonhos vão se mesclar a outros, de outras gentes.

Espero que cada um tenha espaço para a felicidade.

 

E por falar em felicidade, eu vi dois sóis no céu nesta viagem.

Não, não era reflexo embora tudo seja espelhado por aqui.

Um dos sóis parecia sorrir logo adiante. A nave foi para lá.

Na direção oposta, contemplei a mudança necessária na luz.

 

Divisor de águas este tempo em que vivemos, que suportamos.

Embarcar os sonhos em um passeio é louvável, é divino.

Nada será como antes, quando esta nave pousar, Deus queira, na terra.

Os votos que faço é para que tudo seja melhor, mais iluminado.

 

Jossan Karsten

 

2 abr 2020, às 00h00. Atualizado em: 5 jun 2020 às 11h25.
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