Por Jonathan Stempel

(Reuters) – O ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein foi indiciado no Estado norte-americano da Califórnia por acusações de abuso sexual, afirmou um de seus advogados na segunda-feira, enquanto Weinstein apareceu em um audiência da Justiça em Nova York para um processo de extradição. 

Weinstein, de 69 anos, apareceu vestindo uma camisa cor de ferrugem sem gola em videoconferência da Penitenciária de Wende, próxima à cidade de Buffalo, diante do juiz do Tribunal do Condado de Erie, Kenneth Case. 

Weinstein recorre de sua condenação de fevereiro de 2020 em Manhatann e da sentença de 23 anos de prisão por agredir sexualmente a ex-assistente de produção Mimi Haleyi e estuprar a ex-aspirante a atriz Jessica Mann.

O caso criminal contra Weinstein na Califórnia envolve supostos ataques a cinco mulheres entre 2004 e 2013 na região de Los Angeles. Os crimes foram anunciados no ano passado. 

São quatro acusações de estupro, quatro acusações de copulação oral forçada, duas acusações de abuso sexual por contenção, e uma acusação de penetração sexual por uso da força. 

Weinstein nega ter feito sexo não-consensual com qualquer uma delas. 

Norman Effman, defensor público que representa Weinstein, pediu que o processo de seu cliente ocorra virtualmente em Nova York em vez de ser extraditado para que receba o tratamento médico necessário, incluindo cirurgia dentária e para os olhos.

A promotoria de Los Angeles, que não respondeu a pedidos de comentários, tentou pela primeira vez a extradição de Weinstein em julho passado, mas foi adiada pela pandemia do coronavírus.

(Reportagem de Jonathan Stempel em Nova York)

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12 abr 2021, às 18h12. Atualizado às 18h16.
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