DORI, Burkina Faso (Reuters) – A atriz Angelina Jolie visitou no domingo um campo de refugiados de Burkina Faso que abriga pessoas que fugiram da violência jihadista no Mali, e elogiou o país por acolher os deslocados, apesar de ter recursos limitados e estar combatendo sua própria insurgência.

Burkina Faso, como os vizinhos Níger e Mali, ainda se recupera de ataques violentos de militantes ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico que já mataram milhares e deslocaram milhões nos três países.

“Estou aqui para mostrar minha solidariedade ao povo burkinabé, que continua a receber os irmãos e as irmãs deslocados apesar dos ataques e desafios terríveis, compartilhando o pouco que tem em um momento no qual outros países com muito mais fecham suas fronteiras e suas mentes aos refugiados”, disse Angelina.

Sua viagem marcou o Dia Mundial dos Refugiados, que acontece sempre em 20 de junho.

A atriz e ativista dos refugiados falava no campo de refugiados de Goudoubou, situado a cerca de 15 quilômetros de Dori, cidade do nordeste próxima da área da tríplice fronteira do Sahel, o epicentro da violência.

Burkina Faso sofreu seu pior ataque no início deste mês, quando 132 moradores do vilarejo de Solhan, na província de Yagha, que faz divisa com o Níger, foram mortos por insurgentes, levando outros a fugirem.

Na sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o número de pessoas de todo o mundo forçadas a abandonar o lar devido a conflitos, perseguições e abusos de direitos humanos dobrou na última década, chegando a 82,4 milhões.

(Por Thiam Ndiaga)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES

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21 jun 2021, às 11h16. Atualizado às 11h20.
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