Por Estelle Shirbon

LONDRES (Reuters) – Meghan, a duquesa de Sussex, afirmou ter sofrido um aborto espontâneo, uma revelação extraordinariamente pessoal vinda de alguém do alto escalão da realeza britânica.

A esposa do príncipe Harry e ex-atriz detalhou a experiência em um artigo de opinião publicado no The New York Times nesta quarta-feira, dizendo que aconteceu em uma manhã de julho, quando ela estava cuidando de Archie, o filho do casal.

“Eu sabia, enquanto abraçava meu primeiro filho, que estava perdendo o meu segundo”, escreveu Meghan, descrevendo como sentiu uma forte cãibra depois de pegar Archie do berço e caiu no chão com ele nos braços, cantarolando um canção de ninar para mantê-lo calmo.

Meghan descreveu como ela e seu marido choravam enquanto ela estava deitada em uma cama de hospital horas depois.

“Perder um filho significa carregar uma dor quase insuportável, vivida por muitos, mas falada por poucos”, escreveu ela.

“Na dor de nossa perda, meu marido e eu descobrimos que, em um quarto de 100 mulheres, de 10 a 20 delas sofreram aborto. No entanto, apesar da incrível recorrência dessa dor, a conversa continua sendo tabu, cheia de vergonha (injustificada), e perpetuando um ciclo de luto solitário.”

Os detalhes íntimos compartilhados no artigo estão em total desacordo com a política usual dos membros mais antigos da família real britânica, que não revelam quase nada sobre suas vidas pessoais.

(Por Estelle Shirbon)

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25 nov 2020, às 09h18. Atualizado às 09h20.
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