PARIS (Reuters) – A Christian Dior iniciou a Semana de Moda de Paris com força total nesta terça-feira com um desfile com direito a distanciamento social, no qual as modelos circularam ao redor de uma instalação de arte que lembrou vitrais de estilo gótico ao som de um coro ao vivo.

As grifes de moda estão voltando às passarelas relutantemente depois de um hiato de muitos meses provocado pela pandemia de coronavírus.

A Semana de Moda de Paris, que vai até 6 de outubro, terá um misto de eventos presenciais e digitais.

No desfile da Dior, os convidados usaram máscaras e passaram por medições de temperatura. A plateia se limitou a 300 pessoas, em vez das 800 a mil que a marca de propriedade da LVMH convidaria normalmente.

A crise da Covid-19 também influenciou a coleção, disse a estilista de moda feminina, Maria Grazia Chiuri, o que incluiu as linhas mais soltas e esvoaçantes de algumas peças concebidas para “nos apoiar, nos fazer sentir melhor”.

As jaquetas Bar clássicas da grife, normalmente estruturadas e cingidas, apareceram mais soltas, e alguns looks mostravam um toque japonês, como capas de primavera semelhantes a quimonos, em uma variedade de estampas de cashmere, listras tingidas e padrões florais.

Os estilos evocavam figuras femininas ou escritoras, como um par de camisas brancas compridas e abotoadas, num estilo semelhante ao que Susan Sontag foi fotografada.

“Esta distância social, de certa forma, não nos ajuda a dialogar com o outro”, disse Chiuri em uma entrevista. “Então, provavelmente é também por isso que eu quero este diálogo com outras mulheres, não quero me fechar em uma sala, ficar sozinha.”

(Por Sarah White, Michaela Cabrera e Noemie Olive)

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29 set 2020, às 17h13. Atualizado às 17h15.
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