Por David Alire Garcia

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – A borda de um bloco de calcário misterioso começou a surgir da terra depois que Cesar Cabrera limpou um trecho da fazenda da família no México onde queria plantar melancias.

Várias semanas depois, ele e cinco outros homens o ergueram cuidadosamente do solo e se viram diante de uma estátua de tamanho natural que provavelmente estava enterrada há séculos. Os arqueólogos acidentais fizeram a primeira grande descoberta do ano no país.

“Vejam! É a imagem de uma deusa!”, disse Cabrera, de 52 anos, exultante ao lembrar de suas primeiras palavras depois de contemplar o rosto da estátua.

Os agricultores a transportaram cuidadosamente até um caminhão e a levaram à casa de Cabrera. Um pouco de investigação na internet nos dias seguintes persuadiram Cabrera de que a estátua, entalhada com ornamentos elaborados e um cocar de penas ondulantes, lembrava a deusa da luxúria dos huastecas.

Especialistas acreditam ser mais provável que a escultura de mais de 500 anos represente uma mulher da elite, possivelmente uma rainha, da cultura huasteca, uma das sociedades antigas menos conhecidas do México –em parte devido a uma escassez de pesquisa e em parte devido aos saques de larga escala de sua arte naturalista ímpar mais de um século atrás.

Durante séculos, centros populacionais huastecas vibrantes se espalharam pelo úmido litoral sudeste mexicano, muitos concentrados ao redor de rios que fluem para o Golfo do México, estendendo-se por seis Estados dos dias atuais, entre eles Veracruz, Tamaulipas e San Luis Potosí.

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29 jan 2021, às 13h38. Atualizado às 16h22.
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