Crítica: "Deadpool 2" – Uma continuação que sabe o que quer ser!

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Custando 58 milhões de dólares, um orçamento muito pequeno para um filme de Super Heróis, o longa arrecadou no mundo todo 783 milhões de dólares

Em 2016 o primeiro filme do mercenário Deadpool fez um grande de um barulho. Custando 58 milhões de dólares, um orçamento muito pequeno para um filme de Super Heróis, o longa arrecadou no mundo todo 783 milhões de dólares. Boa parte desse sucesso pode ser atribuído a qualidade de seu roteiro, trabalho exercido pelas mãos de Rhett Reese, Paul Wernick. A Dupla retorna para Deadpool 2 e desta vez tem a missão de fazer o humor e ação que funcionar novamente, mas sem parecer mais do mesmo. Ao entender que Deadpool de 2016 é uma surpresa e que isso não se repetiria, a produção de Deadpool 2 consegue encontrar um novo lugar e expandir a identidade que ele mesmo criou. O filme não deixa sua essência de lado e os elementos diferenciados do primeiro filme estão todos lá, mas a produção busca outro patamar e se vê como mais madura, toma para si uma história mais inteligente e cria camadas para um personagem que poderia se aceitar no “ridículo” e ficar com isso. Na trama, Deadpool (Ryan Reinolds) entra na vida do garoto Russel que, tal como Deadpool, tem tendências autodestrutivas. O caminho de ambos os leva ao confronto com Cable (Josh Brolin), vindo do futuro com uma missão genérica. Girando em torno desses personagens ainda encontramos a Domino vivida por Zazie Beetz e que facilmente convence como a personagem e ganha o carisma do público. Claro que o filme é repleto de humor e como disse, tem o desafio de não ser mais do mesmo, por isso o longa foca em sua história e tenta deixar o humor funcionando de uma forma mais natural. O elemento que perde com isso é a quebra da quarta parede, algo tão fundamental do personagem, fica quase que esquecido em Deadpool 2, mas não é algo que gritantemente faz falta. Essa ausência pode até ser compensada ao ver os atores a vontade em seus personagens, alguns momentos, até demais. Mas é nítido como o humor de cada um deles é diferente, enquanto Deadpool é uma repetição, as vezes até chata, a forma acida e debochada de Domino é um humor diferente e Cable, que facilmente poderia ser uma repetição de Colossus, se diferencia se mostrando menos ingênuo. Apesar de elementos repetidos do primeiro filme, piadas que as vezes passam do limite e de algumas coisas que parecem só tomar o tempo, Deadpool 2, ainda assim sabe o que quer dele mesmo e cria uma história e personagens que te convencem a deixar os problemas de lado e cria uma diversão competente. https://www.youtube.com/watch?v=1P9OzWX6nzE

15 maio 2018, às 00h00.

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