Por Stefanie Eschenbacher

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Atender o pedido do governo mexicano e enviar um famoso cocar asteca da Europa ao México para uma exibição danificaria seriamente o artefato pré-histórico frágil, afirmou o museu austríaco que o abriga nesta quarta-feira.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, solicitou nesta semana um empréstimo do cocar de penas colorido e cravejado de joias para poder exibi-lo em eventos que lembrarão o 500º aniversário da queda do império asteca diante da Espanha no ano que vem.

Uma avaliação da relíquia –que se diz ter pertencido ao imperador asteca Montezuma– concluiu que ele é frágil demais para se removido, explicou Sabine Haag, chefe da associação de museus KHM, que inclui o Museu de Etnologia de Viena, o lar atual da peça.

A avaliação foi realizada sem representantes mexicanos entre 2010 e 2012.

O transporte, seja por terra, mar ou ar, danificaria imensamente o antigo cocar de penas mexicano”, disse Haag em um comunicado à Reuters.

Mesmo assim, ela disse que o pedido foi encaminhado ao Ministério da Cultura da Áustria para uma nova avaliação.

Com quase 1 metro de comprimento e feito com mais de 450 penas elegantes de cor verde brilhante, o cocar supostamente foi usado por Montezuma antes de ele ser deposto pelo conquistador espanhol Hernán Cortés.

O Museu de Etnologia de Viena disse que cidadãos mexicanos tem entrada livre para desfrutar da herança cultural.

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14 out 2020, às 16h19. Atualizado às 16h20.
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