Anitta, Nego e Alok: brasileiros podem bombar na gringa em 2018

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A música eletrônica nacional também tem se expandido para fora das nossas fronteiras

Em 2017, o Brasil teve destaque na imprensa internacional e hits nas listas de mais tocadas da Billboard, do YouTube e das principais plataformas de streaming principalmente com pop e música eletrônica. Esse desempenho abriu as portas do mercado estrangeiro para os brasileiros, embora ainda de forma bem discreta. Anitta é talvez a cantora que mais se esforçou para isso, através do projeto Check Mate. Em 2017, ela lançou uma música por mês, em idiomas diferentes e parcerias internacionais para atingir Europa, Estados Unidos e América Latina. O resultado disso? Diversos recordes quebrados no YouTube e Spotify e a inclusão de duas faixas na parada de Hot Dance/Electronic Music da Billboard nos Estados Unidos. Is That For Me, com Alesso, chegou à 25ª posição e Sua Cara, com Major Lazer e Pabllo Vittar, ao número 26 da lista. https://www.youtube.com/watch?v=5ggZ9jIHnr8 Assim como Claudia Leitte e Ivete Sangalo tentaram antes, Anitta almeja mesmo ser uma estrela internacional. O caminho é difícil, já que a concorrência é enorme. Mas ao menos ela demonstra muito mais preparo e organização que outros nomes da música nacional que tentaram isso antes. Para 2018, a cantora já tem novos passos nessa direção. Após ser esnobada pela organização do Rock in Rio em edições passadas, agora ela foi anunciada como atração tanta da versão nacional quanto da portuguesa do festival. Porém, quem está mais próximo de entrar para a lista dos mais tocados da Billboard é Nego do Borel, que participa da faixa Corazón, de Maluma. https://www.youtube.com/watch?v=GmHrjFIWl6U A música já atingiu o 12º lugar Hot Latin Songs. Ela também foi incluída na Bubbling Under Hot 100, que pode ser chamado de uma pré-Hot 100 e elenca as 25 faixas que devem emergir para a tradicional lista das mais ouvidas dos Estados Unidos. Nesse caso, Nego acabou pegando carona no já real sucesso internacional do cantor colombiano. Se a aposta inicial do mercado era de que Naldo Benny seria uma espécie de Anitta de saias em 2013, esse posto acabou caindo no colo de Nego, que soube ganhar o público do funk pop com mais carisma, bons contatos e melhores singles nos últimos anos. Legítimo exemplo de quem correu por fora e surpreendeu. Mas o funk não está sozinho quando o assunto é sucesso no exterior. A música eletrônica nacional também tem se expandido para fora das nossas fronteiras. E o DJ Alok é o maior representante desse sucesso. Em 2017, ele garantiu números impressionantes para alguém com tão pouco tempo de carreira. No Spotify, Hear Me Now transformou o DJ no artista brasileiro mais ouvido no mundo, com cerca de 10 milhões de streams mensais, o que garantiu o título de primeiro músico do Brasil a ficar no top 50 global do aplicativo. https://www.youtube.com/watch?v=JVpTp8IHdEg Esse bom momento garantiu também reconhecimento por parte do segmento de música eletrônica. Segunda a revista DJ Mag, ele foi o 19º melhor DJ do mundo neste ano. Além do grande e incontestável hit ao lado de Zeeba e Bruno Martini, ele ainda emplacou Never Let Me GoFuego. Correndo por fora está MC Kevinho, um dos brasileiros mais ouvidos no exterior nas plataformas de streaming em 2017, ficando atrás apenas de Alok, Astrud Gilberto e Roberto Carlos. O músico paulista nunca se posicionou sobre ter uma carreira internacional, mas 2018 pode ser o momento para ao menos ele realizar uma turnê lá fora, nem que seja para a colônia brasileira que ouve seus sons. Ainda podem surpreender e também tentar uma vaga nesse time de astros com potencial para explorar a Europa e os Estados Unidos nomes como Ludmilla, Simone e Simária, Marília Mendonça e o próprio Bruno Martini, compositor de Hear Me Now. Nunca o momento foi tão propício.

Do R7

29 dez 2017, às 00h00.
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