Por Alicia Powell

WASHINGTON (Reuters) – Jon Bon Jovi tocou em várias feridas sociais dos Estados Unidos em “2020”, seu 15º disco de estúdio –a pandemia de coronavírus, as relações raciais e a violência policial–, mas diz estar fazendo perguntas, e não escolhendo lados.

“Digo que é tópico, ao invés de político… eu não tomar partido”, disse ele à Reuters TV, mas acrescentando: “Tentei me considerar uma testemunha da história. E se eu estava só testemunhando a história, podia registrar os fatos e talvez fazer uma pergunta. Mas quis parar por aí.”

O grupo de rock Bon Jovi, que foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll em 2018, foi formado em 1983 e continua sendo um dos maiores nomes da indústria musical norte-americana.

A banda gravou o álbum em março de 2019 em Nashville planejando lançá-lo em maio de 2020, mas ele foi adiado para 2 de outubro e duas musicas foram acrescentadas: “Do What You Can”, na qual um Bon Jovi mascarado homenageia os trabalhadores na linha de frente da pandemia, e “American Reckoning”, que trata da morte de George Floyd, um negro que morreu sufocado por um policial de Mineápolis.

A canção “Brothers in Arms” é um aceno a Colin Kaepernick, quarterback da NFL, a liga de futebol americano dos EUA, atualmente sem clube, que provocou um debate nacional quando protestou contra a injustiça racial se ajoelhando durante a execução do hino dos EUA antes dos jogos.

Indagado se teme uma reação negativa por cantar sobre temas que dividem seus compatriotas, especialmente antes da eleição presidencial de 3 de novembro, Bon Jovi respondeu que está “ciente”, mas não receoso.

“Certamente baixei a guarda para as críticas”, disse. “O que importa é que você fale. E é isso que um artista deve fazer.”

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1 out 2020, às 15h21. Atualizado às 15h25.
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