Desde muito cedo, empreender é parte da rotina de Renan Hannouche. Não à toa, ele se considera um supernerd.  “Alguém muito apaixonado por tecnologia e inovação. Sou formado na área, mas sou um nerd não convencional, porque eu tenho um lado humano muito forte. Para quem acredita em astrologia, eu sou do signo de Câncer, então eu tenho esse lado sensível e acolhedor muito latente”, comenta.

Empreendedor, criativo e mentor de projetos que falam sobre inovação, tecnologia, criatividade e quebra de padrões, ele começou sua jornada aos 19 anos. “Montei uma série de negócios. Não parei desde então e foram mais de 10 startups criadas, com muitos sucessos e fracassos no caminho”, fala.

Renan se considera um nerd no que diz respeito aos estudos. “Sempre estudei muito. Fui para as principais universidades do mundo, como MIT, Harvard, Stanford e Singularity. E foi na Singularity onde eu me encontrei mesmo. Existe na minha vida uma divisão entre antes e depois da Singularity”, reitera.

Atualmente, Renan atua em três negócios e é conselheiro das empresas que fundou. “Tenho ao meu lado pessoas brilhantes, como CEOs, enquanto eu sou o conselheiro dos meus próprios negócios”, diz.

Hannouche lembra que praticamente todas as empresas do planeta, até as menores, buscam se tornar mais digitais. “Tem um termo que estamos falando há pelo menos cinco anos, que é a ‘transformação digital’. Ou seja, precisamos nos transformar. A Forbes – no ano passado – nos mostrou que 84% de todas as empresas no mundo estão falhando neste processo. Fomos tentar descobrir a raiz deste dado e trazemos uma outra estatística: de todos os seres humanos trabalhadores no planeta, apenas 15% sentem-se felizes e engajados com o que fazem. Ou seja, 85% dos trabalhadores no mundo sentem-se infelizes e desmotivados no âmbito profissional!”, avalia. 

Mudança

Inovadores, lembra Hannouche, são traidores da tradição. “Ao sermos nós mesmos, nós possuímos uma singularidade muito grande. E isso soa estranho ao outro, pois parece uma traição aos seus valores ou realidade. Mas é só assim que nos tornamos insubstituíveis e incomparáveis”, sintetiza. 

A dica que mudou completamente a vida de Renan Hannouche foi entender que pessoas são máquinas do tempo. “Então, não importa para onde você vai. Ou seja, você pode ir para o pior lugar de Curitiba, mas se você for com as pessoas certas, o lugar será maravilhoso”, convida à reflexão. 

“A sensibilidade de entender que não importa o lugar que a gente vá, mas com quem vamos, nos ajuda a entender que nós somos a média das cinco pessoas que mais convivemos. Com quem você está convivendo hoje? São pessoas que te fazem bem e te fortalecem? Escolher as pessoas certas para esse caminhar faz toda a diferença para mudarmos a mentalidade da gente”, observa Hannouche.

Um aviso importante de Renan: a inovação é filha da necessidade. “Se você observar na sua empresa todas as coisas que te incomodam, também existe um convite para a ação. Busque resolver os problemas da sua realidade. Esse é o primeiro passo para você começar a treinar o empreendedorismo, mesmo que dentro das empresas – que é o intraempreendedor”, adverte. 

“Eu tenho uma mentalidade baseada na abundância. Eu acredito que o mundo vai ser um lugar muito melhor do que ele é hoje. Paranoia é achar que o mundo conspira contra você. Pronoia é saber que o mundo conspira ao seu favor. Eu sou pronoia! E é importante dizer que abundância não é propriedade ou acúmulo, abundância é ter acesso às coisas”, analisa.

Às empresas e a todas as pessoas que pensam em inovar, Renan é direto: não tenha medo de ousar. “Eu vou deixar o meu credo. Credo é aquilo que eu leio todos os dias quando eu acordo. Então é um manifesto para mim mesmo, e eu espero que ele seja um manifesto para você: um brinde aos loucos, aos desajustados, aos rebeldes, os criadores de casos, àqueles que veem as coisas de uma forma diferente. Eles não são fãs das regras e não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou até caluniá-los, mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los.

Porque eles mudam as coisas. Empurram a humanidade para frente. Enquanto alguns os veem como loucos, nós os vemos como gênios, porque as pessoas que são loucas o suficiente para acreditar que podem mudar o mundo são aquelas que, de fato, mudam. Sejamos loucos o suficiente para acreditar que podemos mudar o mundo. Sejamos a nossa verdade, nossa autoralidade. Só assim que seremos insubstituíveis, inimitáveis e incopiáveis. É só assim que a gente estará no caminho da disrupção de verdade, que é o caminho do coração”, finaliza.

25 nov 2021, às 09h17.

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