Inovação tem a ver com tecnologia, mas vai muito além disso. Na prática, é o caminho para proporcionar oportunidades e oferecer soluções em um mundo cada vez mais conectado.

Em outras palavras, inovar é ser capaz de dar as respostas necessárias nos aspectos econômico, social e de defesa do meio ambiente. Atualmente, qualquer organização, independentemente do seu tamanho, não pode mais basear as suas decisões apenas em lucratividade.

É aí que inovar torna-se uma premissa de sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo e que exige posicionamento. Com mais de duas décadas de experiência na área de empreendedorismo, Leo Tostes pega carona na reflexão de um importante nome do mercado financeiro, Larry Fink,  presidente do conselho de administração e CEO da BlackRock, que tradicionalmente compartilha uma carta, anualmente, com CEOs de todos os cantos do mundo.

Tostes reforça um dos pontos destacados por Fink: “Repetidamente, o que todas (empresas) compartilham é um claro senso de propósito; valores consistentes; e, de forma crucial, reconhecimento da importância de se envolver e atender aos principais stakeholders. Essa é a base do capitalismo de stakeholder”, falou.

Com base nesse pensamento, Tostes lembra da necessidade de uma organização inovar sob a perspectiva do processo de  Enviromental, Social and Governance (ESG). Em resumo, isso significa atuar de forma real e planejada tendo em vista questões ambientais, sociais e de governança. “Em outras palavras, por meio de suas estratégias, as empresas que seguem o princípio do ESG geram materialidade nas suas ações”, completa Tostes.

Inovar, nesse sentido, traz o diferencial para a sua organização e responde aos diferentes anseios de uma série de questões. Nesse caso, uma empresa constrói relatórios de sustentabilidade com indicadores reais, que façam sentido para toda a sociedade e que geram interesse dos investidores. “Não é só marketing”, reitera Leo Tostes.

Os indicadores de uma organização focada no ESG

Os indicadores reais para uma empresa ou organização focada no ESG, dispostas a realmente fazer da inovação uma realidade, apostam em questões como:

* Descarte de resíduos
* Redução da emissão de carbono
* Economia circular
* Energias alternativas
* Diversidade e inclusão
* Proteção de dados e privacidade (LGPD)
* Satisfação dos clientes
* Saúde mental e bem-estar + segurança no trabalho
* Atração e retenção de talentos
* Respeito às leis trabalhistas
* Transparência
* Ética
* Práticas anticorrupção
* Responsabilidade diante de riscos
* Diversidade no conselho

Por essas e outras razões, a inovação é o meio pelo qual as empresas buscam as soluções para se tornarem realmente sustentáveis e capazes de dar as respostas exigidas por toda sociedade. Na prática, esse processo pode ocorrer de duas formas.

Há a inovação fechada, por meio da qual todas as etapas acontecem internamente em busca das soluções necessárias, e a aberta, que envolve, por exemplo, startups, universidades e outros agentes.  O ideal, aponta Tostes, é um mix entre as duas alternativas para obter resultados mais efetivos.

Se você ainda pensa na inovação como uma tendência do momento, que não vai além de um modismo, vale uma reflexão final. Tostes lembra que o que deve nos mover realmente não são as perguntas, mas sim as respostas. “Jura que você e sua empresa não são nada responsáveis pela realidade do mundo à nossa volta? O que você tem feito é o suficiente para deixar um legado às novas gerações?”, comenta.

Com criatividade, sabendo promover a conexão necessária entre os times e outros agentes da sociedade, a inovação pode transformar positivamente a sua organização e gerar impactos positivos a todo planeta. O primeiro passo depende da sua vontade de mudança. “Inovação é aquilo que traz o diferencial para uma organização”, pondera Leo Tostes. Compartilhe essa ideia.

11 fev 2022, às 10h29.
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