Se você ainda vê os games como um passatempo de crianças e adolescentes, é bom tratar de inovar os seus pensamentos imediatamente. Apenas em 2020, esse setor, mesmo diante dos obstáculos impostos pelo coronavírus, teve um faturamento de cerca de US$ 178 milhões. No Brasil, estima-se que já são mais de 90 milhões de adeptos dos jogos eletrônicos em atividade.

Diante de um cenário tão promissor, a aposta em inovação voltada ao universo dos games tornou-se uma tendência sem volta. Aliás, de acordo com André Leandro, presidente da GAMEscola, especializada na formação de profissionais para atuação nesse segmento promissor, o grande desafio de startups e outras organizações será justamente encontrar mão de obra especializada.

Em linhas gerais, o mundo do games provoca uma revolução irrefreável. “Vivemos um apagão tecnológico e há uma escassez de profissionais qualificados para atender às necessidades do mercado”, avalia André Leandro.

Oportunidade, em linhas gerais, torna-se a palavra de ordem quando o assunto é games. A gamificação, por exemplo, ganhou espaço nas rotinas corporativas e tornou-se uma forma eficaz de garantir ânimo e incentivo aos colaboradores.

André Leandro lembra que o Brasil ocupa hoje o 3º lugar no mercado consumidor de jogos digitais. Uma pesquisa da Sloup Group, de 2020, revela que 86,7 dos brasileiros jogam pelo smartphone – um crescimento de 3,7% em relação a 2019. 

Apaixonado por games desde a infância, André Leandro lembra que esse hábito seguiu para a vida adulta e as empresas passaram a mirar no público adulto. Há lançamentos hoje voltados exclusivamente a esse perfil de jogador, responsável por movimentar altas cifras. 

Um levantamento da SuperData – Departamento de Análise e Pesquisa da Nielsen Games – sinalizou um crescimento no setor de 12% entre 2020 e 2021. “Sem dúvida alguma, a chegada do smartphone popularizou muito o acesso aos jogos”, reitera André Lenadro.

A Pesquisa Games Brasil (PGB), de 2021, mostrou uma alta no mercado devido à pandemia. Por conta do isolamento social, 42,2% dos 12.498 entrevistados afirmaram investir mais dinheiro na aquisição de jogos.

Soluções tecnológicas do mercado de games

Por essas e outras razões, inovar tornou-se sinônimo de buscar apropriar-se das soluções tecnológicas oferecidas pelo universo dos games. “Todos os empresários, de maneira geral, estão ligados nisso, mas falta pessoal capacitado para fazer esse processo ser mais intenso na prática”, completa André Leandro.

O fato é que o mercado de games tornou-se hoje um referencial de sucesso para diversas áreas. O jovem paulista Nobru, de apenas 19 anos, é reflexo disso. Ele reúne mais de 12 milhões de seguidores no Instagram e ganhou popularidade ao tornar-se campeão internacional do jogo Free Fire.  O jogador de vôlei Douglas Souza e a drag queen Samira Close reforçam o time de gamers famosos. 

A gamificação tornou-se uma realidade em vários setores, como a educação, e também vai propiciar  grandes modificações no mercado de trabalho. André Leandro lembra que, mesmo com a pirataria, o setor deve ter um lucro de US$ 1 bilhão apenas no Brasil.

Não à toa, por meio da GAMEscola, Leandro tem o objetivo de formar profissionais para um mercado novo e também de preparar os alunos para novos cargos que vão surgir por conta desse boom dos jogos eletrônicos. “É um mercado que movimenta mais dinheiro que as áreas de música e cinema, por exemplo. Cada vez mais vai demandar mão de obra qualificada não só em programação, mas em diversas atividades – seja como design, ilustrador e outras”, reitera.

Se a gamificação ainda não está no seu planejamento estratégico para 2022, é bom rever seus conceitos imediatamente. Cada vez mais em alta, o mercado dita tendências e traz novidades que fazem a diferença nos mais diferentes negócios. Não deixe o “game over” ser uma realidade nas suas atividades. O desafio está lançado!

16 dez 2021, às 12h03.

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