A pandemia trouxe inúmeros desafios à vida das pessoas e mudou, inclusive, o ambiente de negócios. Diante do home office e da necessidade de oferecer novas soluções devido à necessidade de distanciamento social, inovar tornou-se regra para garantir a sobrevivência das empresas e trouxe também grandes oportunidades.

Nesse cenário, a cultura da inovação e da transformação digital foram ainda mais impulsionados, mas ainda persistem ideias equivocadas em torno do assunto. Afinal, para que a sua marca possa realmente fazer a diferença, ela precisa estar em total sintonia com o seu público-alvo.

Para tornar essa reflexão mais consistente, Bruno Rey, um dos grandes nomes do empreendedorismo no Brasil, lembra que tudo mudou na fase pós-pandêmica.

“Não basta mais ter uma boa ideia. Quem vai dar o comando é o público”,

fala.

Rey, que tem uma trajetória inspiradora, lembra que uma startup ou qualquer empresa em busca de reposicionamento deve ir a campo. Isso significa fazer pesquisas, entender o comportamento do consumidor e o que busca.

“É só após essas etapas que daí você começa a gastar mesmo energia para colocar a ideia em prática”,

completa.

Inovar exige agilidade e compromisso

Antes de partir para a área de tecnologia e inovação, Bruno Rey fez uma carreira brilhante no mercado financeiro. Como executivo, passou por instituições como BankBoston, Itaú e Citibank, mas a veia empreendedora aguçou uma reavaliação de rota em sua jornada profissional. Hoje fundador da NZ3, bastante focado, tornou-se investidor, conselheiro consultivo, CEO e ocupa funções estratégicas em outras importantes entidades.

Com um currículo invejável, Bruno Rey tem os insights perfeitos para as organizações que entendem a necessidade de inovar, mas ainda trazem a questão em escopos extremamente burocráticos e longe das premissas reais que devem conduzir essas ações. Ele desfaz ainda a ideia de inovação vinculada exclusivamente à tecnologia.

“O ponto-chave são as pessoas, um time realmente disposto a fazer acontecer. A tecnologia é o meio para atingir objetivos”,

reitera.

Na prática, lembra Bruno Rey, uma grande instituição não pode perder o timing em um mercado cada vez mais acelerado.

“Se surgir uma boa ideia, ela deve ser logo colocada em prática”,

comenta.

O mundo ideal das grandes organizações dispostas a inovar e se aproximar do mercado das startups é construir uma espécie de spin-off, ou seja, permitir que esse ambiente de experimentação e novas possibilidades exista independentemente das rotinas diárias do negócio. Outro ponto é buscar parceiros capazes de implantar esse ecossistema de inovação.

Por meio da NZ3 Aceleradora, um dos empreendimentos que estão sob sua responsabilidade, Bruno Rey também tem a missão de diagnosticar “dores” das organizações e oferecer soluções que favoreçam a inovação. Para quem tem interesse em saber mais sobre esse assunto, o empreendedor indica também a leitura da obra “Organizações Exponenciais”, de Salim Ismail, Michael S. Malone e Yuri Van Geest.

Por falar em livros, Bruno Rey, que é membro da Academia Europeia de Alta Gestão, também tem publicações de sua autoria – como “Lideranças de Alta Gestão” e “Lideranças de Alta Gestão em Tempos de Pandemia”. Incansável, ele se prepara para lançar sua quarta obra, voltada ao ESG, tema que se tornou recorrente em suas atividades.

“Hoje, ao contrário do que ocorria antigamente, são as pessoas que escolhem as empresas em que querem trabalhar por conta da governança, preocupação socioambiental, entre outras questões”, avisa. Para o autor, introduzir as startups nesse conceito, desde o início de suas atividades, pode ser o indicativo para uma trajetória de sucesso. 

Board Member da Olos Tecnologia, empresa líder de mercado em solução omnichannel, Bruno Rey tem a dica certa para quem, como ele, faz muitas coisas ao mesmo tempo.

“É importante que todas essas atividades estejam conectadas, que elas façam sentido. Fora isso, é essencial não ser centralizador e saber delegar. Esteja cercado de pessoas de confiança e de profissionais melhores que você em vários segmentos. Empoderar todos os profissionais envolvidos é essencial”, finaliza. Se a sua empresa quer inovar, com certeza esses insights inspiradores podem indicar o melhor caminho para o sucesso!

31 mar 2022, às 10h09.
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