por Redação RIC.com.br
com informações de Thaís Camargo, da RIC Record TV Curitiba

O governo estadual informou nesta quinta-feira (5), em coletiva de imprensa, que as tarifas de pedágio poderão ter redução de até 50% no Paraná, com as novas concessões, a partir de 2022. Segundo o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, existe ainda a expectativa que em algumas praças a diminuição do valor seja ainda maior. 

“A tarifa média atual das tarifas é de R$ 16,30. Valor que cai para R$ 11,30 imediatamente, ao começar o leilão na Bolsa de Valores. Com a disputa das empresas pelos lotes, a tendência é de reduzir ainda mais, alcançando entre 45% e 50%, já que vencerá a concessão aquela que ofertar o maior desconto”,

disse durante a entrevista concedida no Palácio Iguaçu.

Os contratos com as concessionárias que atualmente administram as rodovias paranaenses terminam em 27 de novembro. A perspectiva é que a nova concessão, dividida inicialmente em seis lotes, vá a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) nos primeiros meses de 2022, após avaliação técnica do Tribunal de Contas da União (TCU).

Na prática, uma praça de pedágio que tenha uma tarifa de R$ 16,30 já vai a leilão com uma redução média de 30%. Ou seja, antes do desconto concedido pela concessionária, a tarifa cai para R$ 11,30.

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Esse valor ainda diminui conforme a proposta de cada empresa. Se ela conceder 10% de desconto, a tarifa vai a R$ 10,20. Se o desconto for de 17%, a tarifa chega a R$ 9,40. Se for de 26%, R$ 8,50. Ou seja: o valor final esperado é de 37% a 48% menor que o atual.

Já o seguro-usuário aportado aumenta conforme o desconto. No caso de 10%, a empresa investiria R$ 150 milhões; de 17%, seria de R$ 570 milhões; e, de 26%, R$ 1,98 bilhão.

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Novo modelo de pedágio no Paraná

A proposta final para o novo modelo da concessão de pedágios no Paraná, desenvolvida por técnicos dos governos estadual e federal, prevê o modelo de menor tarifa, sem limite de desconto e com garantia de obras a partir de um seguro-usuário – aporte financeiro para garantir a execução do contrato. O valor do seguro é proporcional ao porcentual de desconto concedido à tarifa.

O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5). (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

De acordo com o governo estadual, no modelo acordado, estão previstos três níveis de aporte: de 1% a 10%, de 11% a 17% e a partir de 18%. Para isso, as empresas precisam investir R$ 15 milhões por ponto porcentual até 10%, R$ 60 milhões por ponto porcentual até 17% e R$ 150 milhões por ponto porcentual a partir de 18%.

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O valor será assegurado por lote e poderá ser aplicado com diferentes finalidades, a serem decididas por área concedida – um comitê com representantes dos governos federal e estadual, da Assembleia Legislativa, da sociedade civil organizada e da população será criado para definir, a cada cinco anos, a forma de usar os recursos.

As decisões deverão passar por audiência pública e pelas agências reguladoras, como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

5 ago 2021, às 14h05. Atualizado às 14h23.

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