Nesta terça-feira (23), aconteceu a segunda edição do Fórum Mitos & Fatos, promovida pelo grupo RIC, com o tema “A Reforma Tributária“. O evento foi distribuído em três  painéis: “Qual a reforma tributária que o Brasil precisa?”, “O que muda para as empresas?”, e “Os impactos da reforma sobre os Estados”.

O que muda para as empresas com a reforma tributária?

O segundo painel discutiu as mudanças que a reforma tributária pode gerar dentro das empresas. Segundo Marco Aurélio Greco, para a reforma acontecer é preciso entender que o objetivo é uma coisa e o meio é outra.

“Quando se discute reforma tributária, é preciso entender o que é a ideia, o que é conceito, o que é concepção e o que é texto. Nós vamos ter que aplicar em texto, e texto apresenta muitos desafios. Não só o texto seco, mas o texto interpretado. A demanda pro simplificação não é só da regra, mas a simplificação das interpretações. Porque, podemos ter interpretações totalmente opostas…um diz que pode e outro diz que não pode”, declarou o jurista.

Paulo César Nauiack, vice-presidente da Fecomércio, afirmou que os empresários sonham em pagar menos impostos. “Nós ainda estamos discutindo uma questão tributária, que não atinge a indústria 4.0, consumidor 5.0 e o comércio 2.0. Nós ainda estamos na questão tributária 1.0, e isso me causa um arrepio muito grande. Acredito que vamos pagar mais porque como cidadãos, empresários, CNPJs ou CPF, nós temos necessidade de infraestrutura, de educação, de segurança, enfim, as necessidades básicas tem que serem atendidas.”

Para Nauiack, uma de suas preocupações principais é o posicionamento do estado brasileiro. “Me causa arrepio nós não termos poder e força para discutir, para debater e para nos impor…para realmente termos um posicionamento firme e não permitimos que essa carga cresça.”

Edson Campagnolo afirmou que ‘vê’ um fio de esperança com a discussão da reforma tributária. “Se a indústria for pensar só na indústria, a gente faz uma reforma só para nós. Só que a gente não pode ter uma reforma para a indústria, para o comércio, para os serviços”, disparou o presidente do Sistema Fiep.

Campagnolo disse que além de pensar na questão tributária, também devemos pensar em uma economia de mercado. “Como nós seremos competitivos com o tamanho dessa reforma tributária e os seus reflexos”, finalizou.

Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Conselho Superior e Coordenador de Estudos do IBPT, justificou seu posicionamento com a reforma tributária apresentando números de normas apresentadas por dia. “O Hauly apresentou uma proposta de imposto eletrônico que ela simplifica o sistema tributário, ela incide sobre uma base muito mais concreta, ela elimina um monte de obrigações acessórias”, argumentou.

Em seguida, afirmou que ninguém irá pagar uma carga tributária menor. Assista ao painel 2 completo, abaixo!

23 jul 2019, às 00h00.
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