(Reuters) – A Petrobras informou nesta segunda-feira (15) que reduzirá o preço médio da gasolina nas refinarias em 4,85% a partir de terça-feira (16), na terceira redução em menos de um mês, acompanhando os preços do petróleo no exterior.

Com a determinação, o valor cobrado pelo combustível passará de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro, uma redução de R$ 0,18. Segundo a Petrobras, a estimativa é para uma redução nas bombas de R$ 0,13 em média, considerando apenas a parcela da estatal.

“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”,

afirmou a Petrobras em nota.

A companhia manteve inalterado o valor do diesel, após ter cortado o valor do combustível às distribuidoras na semana passada, na segunda redução em agosto.

Após uma escalada de preços dos combustíveis ao longo do ano, o petróleo está operando em patamares mais baixos, com o mercado focando a demanda, que pode ser impactada pela desaceleração econômica global.

No início da tarde desta segunda-feira, o Brent recuava 4% por preocupações com o consumo na China, após a divulgação de dados econômicos fracos.

A atual gestão do presidente da Petrobras, Caio Mario Paes de Andrade, tem convivido com uma redução nos preços do petróleo e derivado no mercado internacional. Desde que assumiu a presidência da empresa, em 28 de junho, o preço do barril tipo Brent recuou cerca de 20%.

Segundo relatórios da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), desde de 26 de julho gasolina vendida no Brasil estava mais cara em relação ao exterior, com diferenças variando de 7 a 43 centavos por litro.

Pelo relatório mais recente, desta segunda-feira, na sexta a diferença era, em média, de 33 centavos. Essa redução de 18 centavos, portanto, ainda deixa a gasolina nacional mais cara ante a cotação externa.

A manutenção de preços iguais ou mais altos no mercado interno é importante para manter a atratividade da venda do combustível ao Brasil pelos importadores, uma vez que o país não é autossuficiente na produção.

(Por Rafaella Barros, com reportagem adicional de Gabriel Araujo; edição de Roberto Samora)

15 ago 2022, às 13h34.
Mostrar próximo post
Carregando