NOVA YORK (Reuters) – Um ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a Argentina “não vai pagar” ao Fundo e que qualquer acordo do país com a instituição será um “curativo temporário”.

“A Argentina não vai pagar ao FMI. A Argentina não vai fazer boas políticas institucionais macro-micro”, disse Alejandro Werner, que foi chefe do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI por quase uma década antes de deixar o cargo, em agosto.

A Argentina está negociando um programa para substituir um acordo fracassado de 2018 que a deixou como a maior devedora, de longe, ao Fundo, com cerca de 45 bilhões de dólares em dívidas. Se o acordo atual não for modificado, pagamentos de cerca de 19 bilhões de dólares vencem no próximo ano.

“Voltaremos a atrasos ou quase-atrasos (na dívida). No fim das contas, (o acordo) não vai ser um instrumento de boas políticas e, do lado dos fluxos, não vai mudar nada”, disse Werner.

Nem o FMI nem o governo argentino responderam imediatamente a pedidos de comentários.

(Por Rodrigo Campos em Nova York e Hugh Bronstein e Maximilian Heath em Buenos Aires)

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29 out 2021, às 16h47. Atualizado às 16h50.
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