por Ananda Oliveira
Com informações do El País

A crise por falta de diesel na Argentina está causando problemas não só no setor de transporte, mas também na produção agrícola. A grande preocupação é o risco de faltar trigo para o consumo interno e para a exportação. Imagens mostrando filas de caminhões se formando em frente aos postos de abastecimento tem circulado nas redes sociais. A escassez está mais grave no extremo norte do país. Buenos Aires está em alerta laranja, enquanto Entre Ríos e Santa Fé estão em vermelho.

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Os postos improvisaram placas alertando os motoristas para a quantidade limite de abastecimento. Muitos caminhoneiros estão fazendo uma verdadeira peregrinação para conseguir colocar no tanque o que precisam para completar a viagem. Alguns motoristas chegam a ficar até 12 horas nas filas e essa movimentação gera atrasos nas entregas de mercadorias.

Entenda a crise

A petrolífera estatal argentina, a YPF, que abastece 55% das estações do país, tomou como política atrasar os aumentos necessários. Isso criou uma diferença entre os valores do país em relação ao preço internacional. Com o preço abaixo do mercado, vários carros e caminhões estão cruzando a fronteira para abastecer na Argentina. Um litro de diesel no Brasil está custando 1,42 dólares, contra 0,95 na Argentina.

Em um comunicado, a empresa declarou que a demanda por diesel em abril já havia sido a maior da história.

“Esse aumento da demanda por diesel está diretamente ligado ao aumento da atividade em segmentos como agricultura e indústria e ao aumento do consumo devido à maior demanda por transporte terrestre. Além disso, há uma demanda extraordinária associada ao consumo de veículos com patentes estrangeiras, especialmente em áreas de fronteira onde se registra um crescimento superior a 30%”

acrescentaram da YPF

O secretário de energia, Darío Martínez, anunciou um aumento de 50% nas importações para cobrir o aumento da demanda.

8 jun 2022, às 15h41.
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