Congresso dos EUA fica entre a cruz e a espada em relação a aumento de limite da dívida

Por Richard Cowan

WASHINGTON (Reuters) – Democratas e republicanos dos Estados Unidos irão começar neste mês o que pode se tornar um monumental teste de coragem sobre o aumento do limite de endividamento do governo norte-americano, enquanto o Congresso busca evitar o que pode ser um histórico ‘default’ da dívida.

Líderes do Senado e da Câmara, ambas as casas comandadas pelos democratas, devem forçar uma votação para subir o limite de dívida para 28,4 trilhões de dólares no final de setembro. O limite foi tecnicamente rompido no dia 31 de julho mas está sendo contornado por medidas “extraordinárias” do Departamento do Tesouro.

Um fracasso pode levar a um potencialmente catastrófico descumprimento de obrigações de pagamento da dívida ou a um fechamento temporário de algumas operações federais. A inadimplência não tem precedentes, mas paralisações no governo já aconteceram três vezes na última década.

Acrescentando às pressões, os republicanos estão querendo sentar à margem e deixar que os democratas levem a culpa pela inadimplência que pode deixar os mercados financeiros no caos, entre outras coisas, ou assumem a responsabilidade total pelo que chamam de uma dívida federal fora de controle.

Os democratas detêm 50 votos no Senado, dez a menos do que os 60 necessários para a aprovação da maioria dos projetos, inclusive para o aumento de teto da dívida, que precisaria, portanto, da participação dos republicanos.

“Todos adotaram suas posturas e agora não há saída clara sobre de onde partirá o avanço”, disse Shai Akabas, diretor de política econômica do instituto de pesquisa Bipartisan Policy Center, em Washington.

A falta de negociação deixa os políticos norte-americanos “presos entre a cruz, a espada e um terceiro objeto ainda a ser determinado”, disse Akabas em entrevista.

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, um democrata, e o líder republicano Mitch McConnell estabeleceram os contornos da batalha de setembro antes de saírem para o recesso de final de verão (no Hemisfério Norte).

“Eu não consigo acreditar que os republicanos nos deixarão ficar inadimplentes”, disse Schumer a jornalistas. Ele apontou que os republicanos do Congresso elevavam rotineiramente o limite da dívida durante os anos de Donald Trump na Casa Branca.

7 set 2021, às 16h52.

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