Por Allison Lampert

MONTREAL (Reuters) – A Bombardier apresentou nesta terça-feira uma versão de luxo do seu jato executivo Challenger 350, conforme tenta proteger sua parcela dominante de mercado no segmento e capitalizar a demanda mais alta para voos privados na pandemia.

A nova versão, batizada de Challenger 3500, tem capacidade para até 10 passageiros e sistemas de cabine controlados por voz, como a iluminação, e uma versão menor dos assentos chaise lounge que podem ser encontrados no Global 7500 da Bombardier.

O Challenger 3500 deve entrar em serviço na segunda metade de 2022 e terá preço de lista de 26,7 milhões de dólares, o mesmo do 350, afirmou o presidente-executivo da companhia, Éric Martel, em entrevista.

Embora a Bombardier tenha se concentrado em pagar dívidas após uma crise de caixa em 2015, está sendo pressionada a renovar o Challenger em um mercado no qual os compradores exigem os recursos mais recentes.

Durante a pandemia, a saúde subiu ao primeiro lugar na lista de preocupações do endinheirado público-alvo, junto com segurança e privacidade, sustentando a demanda por aviões privados.

Martel afirmou que as mudanças ajudariam a Bombardier a manter a parcela majoritária do Challenger no segmento super-médio, entre pequenos aviões corporativos e longas aeronaves que comportam 19 pessoas.

Os gastos com o novo 3500 estão contidos, com um investimento esperado da empresa entre 200 e 250 milhões de dólares, disse Martel.

Uma maquete do jato, a primeira atualização da Bombardier à família Challenger 300 desde a entrada do 350 em serviço em 2014, foi exibida em um evento virtual, confirmando reportagem da Reuters na segunda-feira sobre o lançamento.

Martel afirmou a repórteres em uma parte presencial do evento que um teste de voo para o Challenger 3500, montado em Montreal, seria realizado em Wichita.

A Bombardier disse que a maquete ficará em exibição no próximo mês em Las Vegas, no maior show aéreo da indústria de jatos executivos.

O avião compete com os Praetors, da Embraer, os Cessna Citation Longitude, da Textron e o G280 da Gulfstream Aerospace, da General Dynamics.

A Textron se recusou a comentar. A Gulfstream afirmou em um comunicado por email que “permanece confiante no histórico comprovado do G280 e está comprometido em melhorá-lo ainda mais”.

Martel afirmou que a Bombardier está avaliando possíveis opções para a divisão de pós-venda, junto com os jatos executivos de cabine grande Global e Challenger 650.

((Tradução Redação São Paulo; +55 11 56447764))

REUTERS PAL

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14 set 2021, às 15h43. Atualizado às 15h45.
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