Os usuários do transporte público de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, vão pagar mais caro pela tarifa a partir do dia 1° de julho, sexta-feira. O aumento no preço do óleo diesel, principalmente neste ano, e a folha salarial dos trabalhadores são apontados como principais responsáveis pelo aumento, segundo o Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans). As novas tarifas serão de R$ 5,00 e R$ 2,50 (para estudantes).

Segundo o Foztrans, há dois anos a tarifa não era reajustada, no entanto, o valor do diesel aumentou 113,81% desde setembro de 2020 e o impacto da folha de salários dos trabalhadores foi de 23,54% neste período. O instituto considera a necessidade do reajuste mesmo com o aporte mensal da prefeitura para operação do transporte coletivo urbano. 

Desde março, quando a prefeitura assinou o contrato emergencial na operação do transporte coletivo, o diesel aumentou 48,09%. Somente em 2002, até o último dia 18 de junho, o aumento deste combustível,  somou  56,09%, mesmo com as porcentagens altas, a tarifa será reajustada em 22%.

“Faz-se necessário o reajuste da tarifa do transporte coletivo urbano, de forma justa, sem repassar todo o impacto acima demonstrado, para o valor de R$ 5,00 a passagem comum e R$ 2,50 a passagem estudante do estudante.”

Licério Santos, diretor superintendente do Foztrans

Impacto do diesel

Segundo Licério Santos a maioria das médias e grandes cidades, mesmo com os subsídios, reajustou as tarifas como é o caso de Curitiba (R$ 5,50 ainda em março), Ponta Grossa (R$ 5,50 em novembro de 2021) e Cascavel (R$ 4,50 em maio). Londrina e Maringá reduziram o valor da tarifa, mas aumentaram os subsídios às empresas do transporte. Em Londrina, para uma redução de R$ 0,25 no valor da passagem, a prefeitura concedeu R$ 25,2 milhões em subsídios.

Subsídios

A Prefeitura de Curitiba mesmo com o reajuste repassou R$ 170 milhões em subsídios: R$ 132,4 milhões para a compensação da tarifa e R$ 41,6 milhões para outras despesas do transporte coletivo. A prefeitura de Maringá concedeu R$ 25 milhões em subsídios. 

Em Cascavel, com a tarifa de R$ 4,50, as empresas pediram reajuste para R$ 7,10, no entanto com o subsídio, a diferença é custeada pela prefeitura.

“Hoje o sistema não se sustenta mais. Por isso, a prefeitura aportou mais de R$ 12 milhões por ano para o sistema não parar. A dificuldade de todos os municípios é fonte de custeio. Assim como outras cidades, precisamos de uma movimentação para o auxílio neste sistema muito importante.”

Simoni Soares da Silva, Presidente da Transitar – em audiência recente na Assembleia Legislativa.

Em 2021, o governo do Estado destinou R$ 215 milhões à prefeitura de Curitiba e à Comec para subsidiar o sistema de transporte da capital e RMC. Neste ano, o aporte previsto é de R$ 150 milhões, o que inclui R$ 20 milhões repassados pela Assembleia Legislativa.

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29 jun 2022, às 09h32.
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