Os trabalhadores do transporte coletivo de Curitiba aprovaram nesta segunda-feira (9) um indicativo de greve para quinta-feira (12), caso os salários atrasados não sejam pagos pelas empresas. A Urbanização de Curitiba (Urbs) informou que aguarda repasses que somam R$ 189 milhões para evitar atrasos para as empresas.

Para o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Região Metropolitana de Curitiba (Sindimoc), independentemente da dívida da Urbs com as empresas de transporte, os motoristas e cobradores não podem pagar por isso.

Os funcionários da empresa CCD informaram que não receberam o salário de maio. Já os trabalhadores da Viação Tamandaré e Glória relataram que só receberam 50% dos rendimentos. Segundo o sindicato, os atrasos nos pagamentos dos colaboradores são recorrentes.

A reportagem tenta contato com as empresas de transporte.

De acordo com a Urbs, é preciso que Câmara de Curitiba aprove um projeto de suplementação orçamentária de R$ 174,1 milhões, dos quais R$ 132,4 milhões serão usados para fazer frente ao défict do sistema de transporte da capital em 2022.

O défict para este ano foi estimado em R$ 154 milhões. Esse valor é gerado pela diferença entre a tarifa técnica – que é efetivamente paga às empresas – e a social, paga pelo usuário, de R$ 5,50. A diferença para a tarifa técnica, de R$ 7, é paga pelo poder público.

O projeto de autoria do Executivo para a suplementação foi protocolado na Câmara em 1º de abril. O último movimento de tramitação ocorreu na quarta-feira (4), quando a vereadora Professora Josete (PT), da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, pediu vista (para examinar melhor a proposta).

Ou seja, ainda não há prazo para que os recursos sejam liberados e repassados às empresas. Ainda conforme a Urbs, o município também aguarda o repasse do governo estadual para subsidiar o transporte coletivo.

O presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Gilson Santos, afirmou à reportagem que o cronograma para o repasse de R$ 15 milhões tramitou dentro do período proposto e será assinado nesta segunda. Segundo ele, o pagamento deverá ocorrer na quinta.

Indicativo de greve

A Urbs justificou que, por conta da assembleia dos trabalhadores nas garagens, houve atraso na saída de ônibus na manhã desta segunda. Conforme o órgão, ocorreram ajustes na operação das linhas mais afetadas e que durante a tarde a situação estaria normalizada.

Caso a greve seja deflagrada. a Urbs explica que o “transporte coletivo é um serviço essencial, vital para o deslocamento de milhares de pessoas todos os dias na capital e a redistribuição de linhas entre empresas em caso de greve é uma prerrogativa de contrato e também uma forma de preservar o usuário dos ônibus da capital”.

9 maio 2022, às 16h05. Atualizado às 16h36.

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