Admasu pode se tornar tricampeão da São Silvestre (Foto: Mariana Cavalcanti/Assessoria FCL)

Dawit Admasu é figurinha carimbada na Corrida Internacional de São Silvestre. O etíope naturalizado barenita vai participar da prova pela sexta vez e quer alcançar uma marca relevante. Com títulos em 2014 e 2017, ele pode igualar o brasileiro Marilson Gomes dos Santos, tricampeão e segundo maior vencedor entre os homens, atrás apenas de Paul Tergat, queniano pentacampeão.

“Eu gosto desta corrida, participo dela há cinco anos. As pessoas que fazem a organização são boas. Então para mim é ótimo”, disse o etíope, que respondeu de bate-pronto ao ser perguntado sobre a sensação de vir ao Brasil anualmente. “Me sinto em casa”, se resumiu em tom bem-humorado.

Em 2019, Admasu vem de resultados expressivos, como o título da Corrida Internacional de Okpekpe, na Nigéria, além de vitórias em provas na China e no Catar. Mesmo competindo por Bahrein, o corredor que completou 24 anos neste domingo realiza a preparação na Etiópia, seu país natal.

Com domínio dos africanos, a São Silvestre não tem um vencedor brasileiro desde 2010, quando Marilson Gomes dos Santos levou a melhor. A forma de treinamento de Admasu, inclusive, indica um dos motivos para que quenianos e etíopes imponham um longo jejum de vitórias aos donos da casa.

“Eu me preparo na Etiópia, porque a altitude lá é superior a três mil metros. A preparação em altas atitudes é boa para correr longas distâncias”, apontou o competidor, antes de comentar sobre o calor paulistano e sua expectativa para a prova. “O Brasil é um país muito quente, não sei se vai estar quente na corrida, não sei se vou vencer, mas a preparação foi boa”, finalizou.

Admasu, porém, terá um forte concorrente em busca do tricampeonato. Vencedor em 2012 e 2013 e prestes a disputar a corrida pela quinta vez, o queniano Edwin Rotich está de volta à São Silvestre após uma edição ausente. “Conheço bem esta prova e sei de suas dificuldades, que aumentam com a alta umidade. Essa experiência é muito importante e poderá me ajudar. Estou animado e darei o máximo para terminar bem”, afirmou.

Programação da São Silvestre

A programação de largadas no dia 31 começará mais cedo, a partir das 7h25min, com a largada da categoria Cadeirantes. Em seguida, a partir das 7h40min, será a vez da Elite feminino, ficando para as 8h05min a Elite masculino, Pelotão C, Cadeirantes com Guia e Pelotão Geral.

A 95ª Corrida Internacional de São Silvestre é uma propriedade da Fundação Cásper Líbero/FCL, realização do site Gazeta Esportiva, com transmissão da TV Gazeta e da TV Globo. Apoio especial do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura da Cidade de São Paulo. A supervisão técnica é da World Athletics (IAAF), CBAt, FPA e AIMS e a organização técnica da Yescom.

*Especial para a Gazeta Esportiva

29 dez 2019, às 00h00.
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