por Renan Vallim
com informações de Taís Santana, da RICtv

Desenvolvida nos Estados Unidos e tida pelo Guinness Book, o Livro dos Recordes, como a pimenta mais ardida do mundo, a Carolina Reaper se adaptou muito bem ao norte do Paraná. Ela é cultivada por um produtor de Maringá, que já exporta a variedade para outros países.

Quem realiza o cultivo é Rildo Cazé, produtor de pimentas há 10 anos. Entre as mais de 230 variedades de pimenta que ele produz em sua propriedade, a Carolina Reaper se destaca. “Ela se adaptou muito bem ao clima aqui do norte do Paraná, com muitos meses de sol e calor”, conta.

A Carolina Reaper realmente se destaca perante outras pimentas, como pode ser observado pelo índice Scoville, que mede a ardência destas plantas. Para se ter uma ideia, a pimenta malagueta, conhecida pela sua ardência, tem índice beirando os 75 mil pontos. Já a Carolina Reaper atinge os 2,2 milhões de pontos, quase 30 vezes mais.

Rildo afirma que recebeu as primeiras sementes da Carolina Reaper através de um grupo de produtores de pimenta. “A Carolina Reaper é importada dos Estados Unidos. Eu recebi algumas sementes de um parceiro que também cultiva pimentas. Nós temos um grupo de produtores e trocamos informações e, às vezes, algumas sementes”, afirma.

Produção

A planta se adaptou tão bem que Rildo já consegue produzir em torno de 250 quilos por ano. E parte desta produção já foi inclusive exportada para outros países, como Trinidad e Tobago, África do Sul e até mesmo para os Estados Unidos, país de origem da espécie.

O quilo, in natura, custa em torno de R$ 50. E o segredo, segundo Rildo, é usá-la em pequenas quantidades, misturando a outras pimentas mais fracas, sobretudo em molhos, geleias ou compotas.

16 jun 2022, às 11h37. Atualizado às 12h02.
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