SÃO PAULO (Reuters) – A colheita da segunda safra de milho do Brasil alcançou 59,24% da área nesta semana, com atrasos frente à média dos ciclos anteriores diante de problemas climáticos, disse a consultoria Pátria AgroNegócios nesta sexta-feira.

Um ano antes, os trabalhos atingiam 72,3%. Na média dos últimos cinco anos, 75,5% da área total de “safrinha” já estava colhida, mostraram os dados.

“Os principais atrasos continuam localizados nos Estados do Paraná e no Mato Grosso do Sul, segundo e terceiro maiores Estados produtores de milho 2ª safra, o que segue limitando a oferta de milho no centro-sul brasileiro”, disse a consultoria em nota.

Segundo a Pátria, o Paraná tem apenas 16,1% da área colhida, ante média histórica de 68%. Em Mato Grosso do Sul, os trabalhos estão em 17,2% contra média de 66,4% para esta época do ano.

Já em Mato Grosso, principal produtor do país, dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam que a colheita de milho segunda safra 2020/21 alcançou 93,47% da área, avanço de 9,28 pontos percentuais no comparativo semanal, embora também com algum atraso em relação a anos anteriores, conforme relatório divulgado nesta sexta-feira.

No mesmo período do ciclo anterior, os trabalhos atingiam 98,48% da área, enquanto a média histórica para esta época do ano é de 96,03%.

O atraso na “safrinha” atual vem na esteira de um plantio tardio e problemas climáticos, como seca e mais recentemente geadas.

Para o algodão, o Imea informou que a colheita ganhou ritmo, com avanço de 13 pontos no comparativo semanal, para 36,05% da área.

Entretanto, um ano antes 58,33% das áreas da pluma estavam colhidas. Ainda segundo o instituto, a média histórica para o período é de 43,33%.

(Por Nayara Figueiredo)

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6 ago 2021, às 20h18. Atualizado às 20h20.
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